Resumo do Simpósio site da Uergs
http://www.uergs.edu.br/index.php?action=noticias&cod=1861
Caros participantes do 1º Simpósio de Gestão Ambiental
Agradecemos a presença de todos no 1º SiGA.
Avaliamos que o simpósio atingiu seus objetivos, quais sejam: 1) refletir sobre a atual situação da gestão ambiental no Brasil e no mundo; 2) divulgar as diversas possibilidades de atuação dos gestores ambientais; 3) congregar os gestores ambientais egressos de diversas instituições de ensino superior do Estado; 4) discutir com os conselhos profissionais mais próximos da gestão ambiental as possibilidades de regulamentação da profissão.
Mesmo sem a presença da ANAGEA conseguimos avançar no caminho da regulamentação das nossas atividades profissionais, e tivemos uma posição clara do CRA, CREA e CRQ a respeito deste tema.
Lançamos a ideia, muito bem recebida pelos presentes, da criação de uma associação gaúcha dos gestores ambientais, para representar a classe, no âmbito local e regional frente aos Conselhos, órgãos públicos, empresas, etc.
Gostaríamos de informar que a Carta da Serra já se encontra disponível no blog do GANECO, para ser avaliada por todos os participantes até terça-feira, 11.12.12. Após essa data encaminharemos aos conselhos profissionais, ANAGEA e a quem mais seja necessário.
Pretendemos organizar o 2º SiGA no primeiro semestre de 2014. Este deverá contar com uma mesa apresentando os resultados alcançados pela Sociedade Gaúcha de Gestores ambientais (SAGA - nome provisório), a ser fundada. Sobre a associação, em breve, entraremos em contato com aqueles que manifestaram o interesse em participar da fundação da associação.
Ficamos à disposição através dos e-mails simposiodegestaoambiental@gmail.com ou ganecolaboratoriodegestao@gmail.com
Abaixo a Carta da Serra elaborada no final do Simpósio.
Abaixo a Carta da Serra elaborada no final do Simpósio.
Carta da Serra
A quem corresponda,
Nós, acadêmicos de gestão ambiental, gestores ambientais, professores,
profissionais da área de gestão ambiental em geral, reunidos em São Francisco de Paula,
entre os dias 30.11 e 02.12.12, durante o 1° Simpósio de Gestão Ambiental (1° SiGA),
elaboramos o presente documento, visando estabelecer as bases para a fundação de uma
associação gaúcha de gestores ambientais.
Durante os dias do referido evento ficou clara a relevância das atividades
profissionais do gestor ambiental, tecnólogo ou bacharel, nos quatro grandes eixos no qual
se estruturou o SiGA, quais sejam: 1) Gestão pública do meio ambiente; 2) Gestão
ambiental corporativa; 3) Gestão ambiental no terceiro setor; 4) Gestão sustentável da
biodiversidade.
A Gestão Ambiental, como profissão, depende da criação de cursos de nível
superior (Tecnólogo ou Bacharel) nos quais a estrutura curricular e os conteúdos
programáticos contemplem o amplo leque de possibilidades de inserção deste profissional.
No contexto internacional, a Gestão Ambiental vem obtendo uma importância
crescente, sendo que nos mais diversos setores produtivos da sociedade um sistema de
gestão ambiental (SGA) tem se tornado fundamental, seja apenas para a auto-rotulagem de
produtos, ou para a obtenção de certificações (ISO, EMAS, FSC, entre outros). Para a
implantação e gerenciamento de um modelo de SGA, empresas públicas e privadas devem
contar, sempre que possível, com o profissional Gestor Ambiental.
No desenvolvimento de programas e projetos que busquem o Desenvolvimento
Regional Sustentável, a participação do Gestor Ambiental também é fundamental, sem
prejuízo à importância de outros profissionais. Nesse contexto de uma sociedade moderna,
onde o paradigma da sustentabilidade vem avançando, o terceiro setor, com suas múltiplas
abordagens visando a re-inserção do homem ao seu ambiente natural, desempenha um
papel central. O Gestor Ambiental é elemento fundamental nestas organizações, podendo
contribuir de maneira eficaz como elo de ligação em projetos necessariamente
interdisciplinares.
Com relação à Gestão Publica do Meio Ambiente, a falta de visão estratégica dos
órgãos públicos, onde as decisões políticas se sobrepõem às necessidades reais da
sociedade, é essencial que se busque e se pressione para a abertura de concursos públicos
para Gestores Ambientais, os quais juntamente com os demais profissionais da área de
meio ambiente deverão buscar a tomada de decisões de Estado, não de governos.
Do ponto de vista das organizações privadas, o planejamento, a visão sistêmica, a
busca incessante de alternativas (E.g.: SGA, re-uso, produção mais limpa, reciclagem de
produtos) através da pesquisa aplicada, também precisa da contribuição do profissional
Gestor Ambiental. O papel de mediador de conflitos, entre corporações e estado, por
exemplo, também pode ser realizado por Gestores Ambientais atuando em empresas de
consultoria. Da mesma forma, a Gestão Sustentável da Biodiversidade demanda um profissional
com conhecimento interdisciplinar o qual deve ser buscado na formação dos novos gestores
ambientais.
Tendo em vista as demandas profissionais ambientais de uma sociedade em
constante mutação, temos verificado, por um lado, a real utilidade de profissionais
capacitados para agir dentro da gestão de recursos naturais e humanos, e por outro lado, a
dificuldade dos conselhos profissionais em reconhecer e chancelar as atividades e
atribuições do profissional de gestão ambiental.
Isto tem levado a elaboração de editais públicos de concursos sem previsão de
contratação de gestores ambientais; a dificuldades por parte dos profissionais autônomos
para exercerem suas atividades com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); a
ocupação de postos de trabalho em empresas, que seriam típicos de gestores ambientais,
por outros profissionais de meio ambiente; à redução das possibilidades para o profissional
de gestão ambiental no terceiro setor; dentre outras dificuldades.
Cientes do compromisso ético e da responsabilidade frente à qual nos colocamos,
assumimos o desafio, sobretudo entre nós mesmos, mas também perante a sociedade civil,
de lutar pelo reconhecimento de fato e de direito da nossa profissão.
Observamos que a fundação de uma entidade de classe regional para lutar pelos
direitos dos profissionais da gestão ambiental é uma etapa fundamental e necessária. A
partir desse dia e desse compromisso acreditamos estar avançado no sentido de fazer parte
da solução e não do problema.
E por estarmos de acordo assinaremos este documento e o tornaremos público.
A coordenação